terça-feira, 8 de abril de 2008

Os versos não saem
São pobres, como minha alma
Inúteis, como a minha falta de calma
Do meu peito não partem

A dor e a amargura
Que só um medíocre poeta pode saber
Pode sentir a clausura
De sua ínfima alma
que alguns insistem em chamar bravura,
mas é sepultura...
Quanta tristeza
Pode caber num coração humano?
O meu,
Desesperado,
Quase não pode agüentar
A dor que cultiva
Meus olhos tristes
Não são mais
o que eram há alguns muitos anos
Mas o que eram então?
Será que eram?
Ou apenas por não ser
É que pareciam felizes?
Felizes aqueles que não são,
Pois nem ao menos sabem,
Mas permanecem sãos.

domingo, 6 de abril de 2008

Meus olhos,
sempre tão tristes
por marcas do passado,
hoje,
choram pelo presente...

Voltei a escrever

Aquela velha conhecida
Angustia
Que não permite a imobilidade dos punhos
Renasce
No véu da escuridão
Pulsando
Sua inconveniente realidade
Mantendo
Sua triste majestade.
Voltei a sofrer,
Acordada na madrugada,
Onde o silencio é um grito de socorro.
Voltei a escrever.